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Construção do canal da Nicarágua começa em Dezembro

O Governo da Nicarágua e a firma chinesa HKND Group, concessionária do projeto do novo canal interoceânico na América Central, anunciaram que as obras de construção terão início em dezembro deste ano.


"As obras começarão, segundo o planeado, em dezembro de 2014", informou o Governo centro-americano numa nota de imprensa assinada pelo presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, e o proprietário da firma, Wang Jing, de origem chinesa.

O projeto destina-se a construir um canal maior que o do Panamá e que custará 40 mil milhões de dólares (30 mil milhões de euros), segundo dados oficiais.

Este canal unirá os oceanos Pacífico e Atlântico, terá um oleoduto, uma estrada, dois portos de águas profundas, dois aeroportos e duas zonas francas, segundo as autoridades nicaraguenses.

Caso a construção tivesse início em maio deste ano, como chegou a estar previsto, o crescimento económico do país não seria de 4 ou 5% mas de 10,8% em 2014 e atingiria os 15% em 2015.

Contudo, no passado dia 5, o presidente da Autoridade Nacional do Grande Canal Interoceânico da Nicarágua, Manuel Coronel Kautz, disse que a construção só começaria no terceiro trimestre de 2014 ou no início de 2015.

A construção do canal da Nicarágua foi acordada em junho de 2013 entre o Governo do país e o HKND Group, que também obteve a concessão da obra durante 50 anos, prorrogáveis por igual período de tempo.

Esta decisão foi anunciada num momento em que as obras de ampliação do canal do Panamá, a única ligação interoceânica da região, estão em risco devido aos custos adicionais dos trabalhos.

O Grupo Unidos pelo Canal (GUPC), liderado pela espanhola Sacyr e integrado pela italiana Impregilo, a belga Jan de Nul e a panamiana CUSA, anunciou que irá suspender as obras de ampliação se a Autoridade do Canal do Panamá (ACP) não reconhecer os sobrecustos cifrados pelo consórcio em 1.625 milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros).

O projeto de ampliação foi adjudicado ao GUPC por um valor global de 5.250 milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros), que incluem a construção do novo complexo de comportas que permitirão duplicar a carga que passa pela via aquática.

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