Opinião Apostar nos Portos da CPLP Tem vindo a afirmar-se no contexto da CPLP, que este conjunto de países de língua comum é, e deve ser cada vez mais, uma força no xadrez mundial em termos económicos. O Mar pode ser novamente uma grande fonte de poder destes países da CPLP, a renovar e a materializar em fluxos de cargas e navios, tendo por base o recurso às infra-estruturas portuárias de cada um destes países e às suas cadeias logísticas marítimas e terrestres. Neste âmbito, a criação da APLOP, Associação de Portos de Língua Portuguesa, reveste-se de enorme importância estratégica, uma vez que pela união dos recursos “portos” em torno de uma estratégia comum, poderá induzir-se o aumento dos fluxos económicos entre portos dos países da CPLP, sejam directos, de transhipment ou de trânsito. Mas uma estratégia comum deste tipo implica um plano de acções concretas, coordenadas com vista a atingir aquele fim. Uma acção que tem vindo a ser consensual é a aposta de todos os países da CPLP na criação de um porto de transhipment no Porto Grande, em S. Vicente, Cabo Verde, que poderia ser o grande Hub central da Lusofonia, ligando o Brasil, Portugal e os países localizados em África. A concretização desta estratégia poderia passar por apoios financeiros, participação no terminal e criação de incentivos aos tráfegos com aquele terminal. Outra questão fundamental é a formação dos quadros portuários e marítimos da CPLP, melhorando as competências técnicas e criando uma verdadeira comunidade marítimo-portuária comercial e institucional da CPLP em torno da APLOP, onde as empresas se encontrassem e fizessem negócios em torno dos objectivos estratégicos comuns. Vitor Caldeirinha
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