Início > Artigo > Os salmões têm um sentido inato da orientação baseado no campo magnético da Terra



Os salmões têm um sentido inato da orientação baseado no campo magnético da Terra


Ao que tudo indica, para conseguir viajar do rio onde nasceram até ao oceano onde vão crescer e de lá voltar, os salmões usam uma espécie de “mapa magnético” que é herdado de geração em geração.

Mesmo os jovens salmões de aquacultura, que ainda não têm qualquer experiência da vida e do mundo, se orientam naturalmente na direcção das regiões do oceano onde os seus antepassados costumavam alimentar-se – usando para isso o campo magnético da Terra. O surpreendente resultado foi publicado quinta-feira na revista Current Biology.

Os salmões nascem nos rios e, a dada altura, migram para o mar, onde podem passar vários anos. Quando atingem a maturidade, regressam às suas origens fluviais, onde desovam e morrem.

Nathan Putman, da Universidade Estadual do Oregon (EUA), e colegas já tinham descoberto indícios, no ano passado, de que existe uma correlação entre os padrões migratórios dos salmões e o campo magnético terrestre, o que permitiria explicar como fazem este peixes para percorrer milhares de quilómetros localizando as zonas do oceano para onde devem viajar e regressando mais tarde ao seu rio natal. Os novos resultados de experiências realizadas pela mesma equipa confirmam esta descoberta.

Os cientistas expuseram, num local de criação, centenas de jovens salmões a campos magnéticos artificialmente gerados, cuja intensidade e orientação conseguiam controlar. E mostraram que os peixes nadavam na direcção que lhes permitiria atingir os locais no oceano onde deviam alimentar-se, explica um comunicado daquela universidade.

“O que é particularmente entusiasmante aqui é que os peixes que testámos nunca tinham saído do sítio onde foram criados e portanto sabemos que as suas respostas não eram fruto de uma aprendizagem ou derivadas da experiência, mas hereditárias”, diz Putman. “Essencialmente, os peixes agem como se tivessem um mapa baseado no campo magnético.” E quando sentem um campo magnético que lhes indica que estão demasiado a sul ou a norte dos limites do seu território oceânico habitual, explica ainda, mudam de direcção para rectificar voltar para trás. “Estes peixes já estão programados para saber o que têm de fazer antes mesmo de ter atingido o oceano.”

Ainda mais surpreendente, diz Putman, é que os salmões foram expostos aos campos magnéticos durante apenas oito minutos – e que esses campos articiciais nem sequer eram suficientemente intensos para fazer mexer uma bússola. Por isso, o cientista pensa que devem ser mesmo muito sensíveis ao campo magnético terrestre, que também é relativamente fraco. Contudo, os cientistas acreditam que esta não é a sua única e exclusiva ferramenta de navegação dos salmões.

fonte
 




Data: 2014-02-11

 Vídeo

Sobrevoando a Restinga e a cidade do Lobito (Angola)

 XIII Congresso da APLOP | Ireneu Camacho | ENAPOR – Portos de Cabo Verde

 XIII Congresso da APLOP | Eneida Gomes | ENAPOR – Portos de Cabo Verde

 XIII Congresso da APLOP | Joaquim Gonçalves | APDL

 XIII Congresso da APLOP | Ricardo Roque | A Marca APLOP – Novos Caminhos

 XIII Congresso da APLOP | António Santos | Estudo de Mercado dos Portos dos PALOP

 XIII Congresso da APLOP | Dinis Manuel Alves

 XIII Congresso da APLOP | Segundo período de debate

 XIII Congresso da APLOP | Debate

 XIII Congresso da APLOP | Apresentação do Painel 1

 Encerramento do XIII Congresso da APLOP

 XIII Congresso da APLOP | José Renato Ribas Fialho | ANTAQ

 XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Ireneu Camacho

 XIII Congresso da APLOP | José Luís Cacho

 XIII Congresso da APLOP | Massoxi Bernardo | Porto de Luanda

 XIII Congresso da APLOP | Francisco Martins | Porto de Suape

 XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Murillo Barbosa

 Congresso Intercalar da APLOP - Rio de Janeiro - Março de 2012

Congresso Intercalar da APLOP - Rio de Janeiro - Março de 2012