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AICEP quer empresas portuguesas a aproveitar investimento chinês em África


O vice-presidente da Agência para a Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) considerou, em Maputo, que as empresas portuguesas podem intermediar os investimentos chineses em países com recursos naturais como Moçambique, atendendo aos conhecimentos que possuem.

Para Pedro Ortigão Correia (na foto), que falava à margem do X Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa, que Maputo recebe até quarta-feira, a inexistência de recursos naturais em Portugal é compensada, nas relações com a China, pelas capacidades das empresas portuguesas, com grande experiência de atuação em economias em desenvolvimento, como Moçambique ou Angola.

"Infelizmente, Portugal não tem recursos naturais, mas tem empresas com conhecimentos para explorar essas reservas. Este é o casamento perfeito, porque as diferenças das economias em termos dos seus estágios de desenvolvimento faz com que estes países precisem do apoio das nossas empresas", afirmou em declarações à agência Lusa o vice-presidente da AICEP.

Promovido pelo Instituto para a Promoção das Exportações de Moçambique (IPEX) em conjunto com o Instituto para a Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) e o Conselho para a Promoção do Comércio Internacional da China (CPCIC), o encontro empresarial decorre no contexto da criação, em 2003, do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa, (Fórum Macau), que reúne agências de comércio externo de todos os países de língua portuguesa, à exceção de São Tomé e Príncipe, que não tem relações diplomáticas com Pequim.

"Estes fóruns são muito importantes, porque permitem-nos ficar no epicentro das conversas entre a China, que procura recursos nestes países africanos, e as empresas locais, que necessitam de conhecimentos para saberem fazer parcerias com as empresas chinesas", sublinhou Pedro Ortigão Correia. Durante o encontro desta terça-feira, que foi inaugurado pelo primeiro-ministro moçambicano, Alberto Vaquina, o Banco de Desenvolvimento da China (BDC) promoveu uma apresentação sobre o Fundo de Desenvolvimento para a Cooperação entre a China e os países de língua portuguesa, que dispõe de 1.000 milhões de dólares para investimentos empresariais no espaço dos países-membros do Fórum Macau, e que foi lançado há cerca de um ano.

Segundo o BDC, até ao momento o fundo empresarial recebeu cerca de 50 candidaturas para projetos de investimento, que se encontram em fase de estudo de viabilidade, e que estão sobretudo voltados para as áreas de agronegócios, turismo, transportes e comunicações e indústria. "Portugal, ao não ser um alvo preferencial nestes domínios, tem de procurar uma participação nos projetos do fundo em outros países de língua portuguesa e, por isso, temos promovido ativamente junto de empresas que atuam nestes mercados a existência do fundo, para que elas se possam candidatar", adiantou Pedro Ortigão Correia.

Embora o encontro esteja direcionado para o setor empresarial, a participação de empresas dos países de língua portuguesa foi relativamente pálida, especialmente de portuguesas, o que o vice-presidente da AICEP justificou com a realização da Feira Internacional de Maputo (FACIM), que decorre desde segunda-feira nos arredores da capital moçambicana.

Além do IPEX, IPIM, CPCIC, Fórum Macau e AICEP realizaram ações de promoção de investimento na China, Macau e países de língua portuguesa a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX), Agência Cabo-verdiana de Promoção de Investimentos e Exportações (CI), Câmara do Comércio e Indústria de Angola (CCIA) e a Direcção de Promoção de Investimento Privado da Guiné-Bissau (DPIP).

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Data: 2014-08-31

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