APLOP defende fim de barreiras alfandegárias na CPLP
O Presidente da Associação dos Portos de Língua Portuguesa (APLOP) considerou esta sexta-feira em Maputo as barreiras alfandegárias um entrave às relações comerciais entre os países lusófonos, defendendo que devem ser removidas para o desenvolvimento dos negócios na CPLP.
"Nós queremos uma facilitação de serviços alfandegários entre os países de língua oficial portuguesa. É preciso remover as barreiras alfandegárias que existem, para que se aumente os níveis do comércio entre os países lusófonos", disse à Lusa Anapaz de Jesus Neto (na foto), à margem do VIII Congresso dos Portos de Língua Portuguesa, que terminou esta sexta-feira na capital moçambicana.
De acordo com o presidente da APLOP, as relações portuárias entre os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) estão numa boa fase, mas é preciso diminuir os encargos aduaneiros, como forma de dinamizar a cooperação entre eles.
"Uma mercadoria que sai de Moçambique para Angola, por exemplo, não pode pagar os direitos alfandegários como se fosse uma mercadoria que vem da Suécia", afirmou Anapaz de Jesus Neto.
Além dos entraves aduaneiros nas trocas comerciais, O VIII Congresso dos Portos de Língua Portuguesa discutiu a ideia de reforçar as viagens de cabotagem, como forma de explorar a riqueza das costas marítimas existentes na lusofonia.
"As relações entre os países lusófonos estão excelentes, mas queremos melhorar. Por isso, debatemos também o incrementar das viagens de cabotagem entre os países de língua portuguesa, que neste momento ainda não são feitas", adiantou o presidente da Aplop.
Subordinado ao tema "Estreitando Relações e Cooperação no Espaço da Lusofonia, o VIII Congresso da Aplop reuniu, durante dois dias em Maputo, académicos e empresários dos países de língua portuguesa, que discutiram os projetos portuários e logísticos, acessibilidade marítima e o mercado da CPLP.
LUSA
Data: 2015-03-28