Macau deve aproveitar a oportunidade da iniciativa «Uma Faixa Uma Rota», defendem académicos
Macau e os países de língua portuguesa podem beneficiar da iniciativa chinesa “Uma faixa, uma rota” (OBOR, na sigla em inglês), de acordo com especialistas e académicos reunidos numa conferência realizada em Macau.
Organizada pela Universidade Cidade de Macau, Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM) e Associação da Rota Marítima da Seda (Macau), a conferência teve por objectivo discutir as implicações da OBOR, nomeadamente ao nível de oportunidades de investimento nos países de língua portuguesa e o papel de Macau na iniciativa.
O director-geral do Centro de Cooperação Internacional da Comissão de Reforma do Desenvolvimento Nacional, Cao Wenlian, disse que Macau deve assegurar a formação de tradutores que ajudem as empresas chinesas nas suas relações com os países de língua portuguesa.
Thomas Chan, presidente da Associação da Rota Marítima da Seda (Macau) e responsável pelo “China Business Center“ da Universidade Politécnica de Hong Kong, referiu que o OBOR está aberto a todos os países e Macau pode ter um papel não só na rota marítima mas também como facilitador de negócios dos países de língua portuguesa nas regiões em que estão inseridos.
José Luís Sales Marques, presidente do IEEM, lembrou que os próprios diplomatas chineses têm defendido que Portugal e os países de língua portuguesa devem participar no OBOR.
No encontro, que reuniu meia centena de altos quadros dos governos da China e de Macau, diplomatas e académicos, o jornalista José Carlos Matias defendeu que o “soft-power” de Macau pode ter um papel no grande cenário do OBOR e o professor da Universidade de São José, Francisco Leandro, disse que se torna necessário ter uma visão mais ampla, uma vez que a iniciativa do OBOR é um grande projecto da China para, a médio ou longo prazo, transferir o centro do poder económico mundial da zona do Atlântico para a região do Índico e Pacífico.
Tong Hei, pesquisador da Universidade de Assuntos Estrangeiros de Pequim disse que Macau tem de ser mais rápido a seguir as políticas económicas dos governos central e regional e disse estar certo que o território pode ser um centro de reflexão e de reflexão económica e politica regional. (Macauhub/CN/MO)
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