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Há um milhão de microplásticos por km2 de mar


As etapas da Volvo Ocean Race têm sido mais do que uma competição – tem sido realizada investigação científica fornecendo dados sobre os microplásticos nos oceanos e as conclusões são, até agora, ameaçadoras. Foram encontradas um milhão de partículas microplásticas por quilómetro quadrado no Atlântico Sul, ao largo de Cape Town; na 2ª etapa, um milhão e meio, a leste da África do Sul; já nas águas australianas, perto de Melbourne, na 3ª etapa, foram encontradas um milhão de partículas.

“Esta nova informação confirma os resultados que tínhamos recolhido anteriormente nas águas europeias e mostra que existem níveis consistentemente elevados de microplásticos no oceanos assim como pequenos níveis nas águas próximas da Antárctida”, referiu Gutekunst, que trabalha no GEOMAR, um instituto de pesquisa oceânica em Kiel, na Alemanha.

Os microplásticos são pequenas partículas de plástico, muitas vezes invisíveis a olho nu e menores que 5 mm, que resultam de grandes plásticos, como garrafas de água, são nocivos para a saúde e susceptíveis de entrarem na cadeia alimentar humana através de espécies como a cavala ou o atum.

Composto por três pilares principais – a colecta de dados meteorológicos, a implantação científica de bóias e a análise a bordo de métricas importantes para a saúde oceânica (salinidade, temperatura, CO2 dissolvido e clorofila) -, este Programa de Ciências na prova tem como objectivo criar um estudo da saúde dos oceanos para ajudar cientistas em todo o mundo.

Na Volvo Ocean Race Hong Kong Ocean Summit, que decorreu em Hong Kong, em 22 de Janeiro, Daisy Lo, Directora Assistente de Protecção Ambiental, do Governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (HKSAR), prometeu explorar maneiras de reduzir o plástico na sua origem, revelando planos para um fundo de aproximadamente 16 milhões de euros destinado a actualizar instalações de reciclagem de plástico e falou em esforços para limpar o meio marinho.

Anne-Cecile Turner, líder do Programa de Sustentabilidade da Volvo Ocean Race, considerou que “sabemos muito pouco sobre o volume exacto de microplásticos que está a contaminar os oceanos, pelo que estes dados fornecem informações vitais para a comunidade científica e para o público em geral”, referindo também que “a Volvo Ocean Race Ocean Summits oferece uma plataforma que apresenta soluções inovadoras para a crise global dos plásticos que poluem os nossos oceanos”.

Igualmente, o parceiro do Turn The Tide on Plastic – Sky – Ocean Rescue – que difunde uma importante mensagem sobre os plásticos nos oceanos, comemorou um ano da sua ambiciosa campanha. A Sky tem apoiado a Volvo Ocean Race a alcançar milhões de pessoas, através do seu site e canal de notícias, sensibilizando-as para estas questões.

Também o apresentador do Sky News, Thomas Moore, interviu na Volvo Ocean Race Ocean Summit sobre a parceria com a Volvo e o modo como as organizações trabalham juntas para reduzir a poluição plasmática. Referiu duas mudanças fundamentais: a remoção de garrafas de água de plástico dos escritórios e de produções externas da Sky, apostando na oferta, a cada funcionário, de uma garrafa recarregável, o que se calcula que economize cerca de 450 mil garrafas de plástico por ano (só nos escritórios), bem como na troca das garrafas de leite dos seus cafés por dispensadores de 14 litros.

A pesquisa científica foi feita com um instrumento de última geração projectado especialmente para o iate de corrida Volvo Ocean 65, através do Programa Volvo Ocean Race Science, financiado pela Volvo Cars.

Estes foram resultados anunciados na Volvo Ocean Race Hong Kong Ocean Summit e incluiu nomes como Sam Barratt, Director da Advocacia Pública e das Comunicações do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Christopher Wahlborg, Business Manager da Stena Recycling AB, Safia Qureshi, do The Cup Club, e Patrick Yeung, Gestor de Projectos da Oceans Conservation, WWF.

A Volvo Ocean Race aproveitou a ocasião para anunciar a entrada do Team AkzoNobel, como segunda equipa a usar o equipamento de recolha de dados a bordo para medir a qualidade e composição da água, bem como os microplásticos em alguns dos mais remotos oceanos do mundo.

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Data: 2018-01-29

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