Moçambique tem um papel a desempenhar na segunda revolução ferroviária em África
Moçambique poderá vir a ter um papel a desempenhar na segunda onda de construção de linhas de caminho-de-ferro em África, lê-se num artigo acabado de publicar no China-Lusophone Brief (CLBrief), um serviço de informação sobre a China e os países de língua portuguesa.
No artigo intitulado “Grande investimento, mas uma estratégia pouco clara para o carvão de Moatize”, o seu autor recorda que a maior parte das linhas de caminho-de-ferro no continente africano foi construída durante o período colonial com um objectivo muito claro – transportar matérias-primas o mais depressa possível para a costa e desta para as fábricas em outras partes do mundo.
O eventual comércio entre estes países produtores de matérias-primas e mesmo dentro de portas foi algo a que foi prestada pouca atenção, salienta o artigo.
Esta realidade que se mantém está, no entanto, a ser ultrapassada por uma segunda onda de construção de linhas de caminho-de-ferro, que presta mais atenção às necessidades reais dos países africanos, caso das que estão a ser construídas para ligar os portos de Mombaça e Dar-es-Salaam, no Oceano Índico, aos países sem acesso directo ao mar da região dos Grandes Lagos.
“Moçambique poderia ser um dos grandes intervenientes nesta segunda revolução ferroviária, dado que, embora as linhas de caminho-de-ferro que detém sirvam fundamentalmente para transportar carvão, poderão servir igualmente para apoiar o crescimento do comércio trans-fronteiriço”, pode ler-se.
As linhas de caminho-de-ferro que transportam carvão da África do Sul e do Botsuana para exportação podem ser utilizadas para transportar outros produtos e as linhas que existem no região centro-norte do país podem ser igualmente utilizadas para transportar os produtos que os países sem acesso ao mar da região, casos do Malaui e Zimbabué, precisam de exportar.
A linha de Nacala, em que o grupo brasileiro Vale gastou milhares de milhões de dólares, já se liga aos caminhos-de-ferro do Malaui quando se dirige de Moatize, na província de Tete, para o porto de Nacala, na província de Nampula.
Além da linha do Sena, que liga Moatize ao porto da Beira, província de Sofala, há outra linha construída no período colonial que estabelece a ligação entre este porto e o Zimbabué, Zâmbia e a República Democrática do Congo, que estando em funcionamento até ao Zimbabué necessita de um investimento maciço para que retome a ideia que esteve na sua origem. (Macauhub)
Data: 2018-04-12
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