Descobrimentos e as marcas da globalização
Se as lendas sobre os seres fantásticos de terras ignotas podiam gerar curiosidade e quiçá uns calafrios aos mais imaginativos, a realidade próxima dos europeus provocava-lhes um grande receio.
Se a ausência de viagens de exploração para as águas ocidentais se compreendia, devido ao desconhecimento de terra firme alcançável e devido à falta de meios de orientação em mar alto aberto, a recusa de explorarem a costa ocidental africana radicava apenas no medo – todos criam que as águas a sul do Bojador eram povoadas por seres bestiais e agressivos, e todos julgavam que a própria água era quente demais por causa do aumento do calor sempre que se avançava para sul.
E não se tratava de hipóteses quiméricas ou de relatos de jograis: era a realidade, a certeza de todos, que estava consubstanciada no facto de nenhum dos aventureiros que tinha ousado partir para o Sul ter voltado.
Era, pois, o medo que tolhia a exploração do oceano, e era a capacidade militar do islão que bloqueava as frentes oriental e meridional da Europa. Aliás, nesta época, o território da Cristandade estava a diminuir à medida que a máquina de guerra otomana ia esmagando todos os exércitos que a enfrentavam nos Balcãs.
ARTIGO DA NATIONAL GEOGRAPHIC PARA LER NA ÍNTEGRA AQUI
Data: 2019-06-29