BRASIL
Nova bacia de evolução em Itajaí alcança 300 giros
No dia 16 de janeiro de 2020, um facto histórico para Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes acontecia: a primeira manobra na área da Nova Bacia de Evolução. Um pouco mais de um ano após este feito, diversos giros foram realizados na Nova Bacia até chegar no tricentésimo giro, que aconteceu no dia 27.
O CMA CGM "Jacques Junior" foi o navio que completou a marca dos 300 giros. Com 300 de comprimento e mais de 48 metros de boca (largura), o navio estava atracado no berço da Portonave.
“É com muita satisfação e muita alegria que o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes tem o que comemorar. Um ano após a primeira operação, estamos completando um significativo número, o de trezentas manobras na nova bacia de evolução. Nesse período, possibilitamos não somente receber os 300 navios, mas, sobretudo, bater o recorde brasileiro de recebimento do maior navio de contêineres, o APL Paris (347,04 x 45,27), em 17 de junho de 2020”, destaca o Superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga.
Em junho de 2020, cinco meses depois do primeiro giro, o Complexo recebeu o maior navio porta contêineres a navegar na costa brasileira, sendo um feito histórico para o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes no ano de 2020.
O APL Paris, de Singapura, possui 347,4 metros de comprimento e 45,2 metros de largura, e é maior que a Torre Eiffel. O giro do APL Paris foi a 6ª manobra bem-sucedida na nova Bacia na categoria de navios acima de 306 metros de comprimento e até 350 metros.
Ricardo Amorim, Coordenador de Operações e Inteligência da Fiscalização do Porto de Itajaí, relembra as dificuldades das operações anteriores à Bacia: “A bacia de evolução resolveu um dos nossos grandes problemas, o bloqueio de um terminal para o outro. Tinha que aguardar a finalização da operação de um outro navio para que o navio pudesse sair, para poder girar, porque a bacia um tem essas restrições, precisava do berço livre nos dois lados para poder fazer os giros”.
Em janeiro de 2020, um ano atrás, havia muita expectativa em relação ao crescimento da competitividade do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes no mercado, por conta das obras de melhoria, já que o Complexo iria começar a receber navios maiores. “A gente estava perdendo muito espaço para os concorrentes, e se não fosse essa nova bacia de evolução, e não só a bacia, mas também a própria estrutura de acesso aquaviário remodelada, iriamos perder espaço. As obras nos proporcionaram um salto importante para que pudéssemos obter os ótimos resultados atuais”, ressalta Heder Cassiano Moritz, Diretor Geral de Operações Logísticas do Porto de Itajaí.
A Bacia do Saco da Fazenda, denominada Afonso Wippel, permitiu que o comprimento máximo de navios que escalam no Complexo Portuário saltasse de 306 metros, para 350 metros de largura, e possibilitou que a entrada e saída de navios no período noturno fosse de até 306 metros de comprimento, aumentando de forma decisiva o crescimento do Porto de Itajaí e Navegantes.
O Prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni comentou sobre a necessidade da próxima etapa para prosseguir o desenvolvimento do Complexo Portuário:
“A bacia de evolução foi uma das maiores conquistas que nós alcançamos para o nosso Porto, para que ele pudesse se adequar ao grande mercado internacional da navegação desses novos tempos. Vem se tornando mais evidente a importância e necessidade de nos prepararmos para as obras da segunda etapa, objetivando e concretizando em definitivo esse projeto estratégico e tão fundamental para o Porto de Itajaí, em nosso porto público (berços 3 e 4) e na APMT (berços 1 e 2), e para o estado de Santa Catarina”.
2ª etapa da Bacia de evolução:
A segunda etapa da obra de ampliação da bacia pretende aumentar o espaço para o giro dos navios, permitindo que o Complexo receba navios com de 366 metros, ou até 400 metros, conforma for a execução do projeto.
“A nova Bacia de Evolução foi um esforço conjunto da Autoridade Portuária, Marinha, Praticagem, Prefeitura de Itajaí, Governo do Estado e Terminais Portuários, que nos trouxeram condições operacionais e alternativas, estimulando o desenvolvimento econômico. A condição atual do complexo nos coloca na vanguarda para receber esses navios maiores, que são realidade e tendência no comércio marítimo internacional. Porém, precisamos também focar esforços para a realização da segunda fase da Bacia, para tornar o Complexo ainda mais competitivo e poder receber navios de até 400 metros de comprimento”, conclui Osmari de Castilho Ribas, Diretor Superintendente Administrativo da Portonave.
Data: 2021-02-06