Início > Artigo > Em 1985, um navio quebra-gelo e música clássica salvaram 2.000 baleias-beluga



VIAJANDO PELA HISTÓRIA

Em 1985, um navio quebra-gelo e música clássica salvaram 2.000 baleias-beluga


Em 1985, várias baleias beluga foram avistadas na Península de Chukchi, a península mais oriental da Ásia. À primeira vista, os residentes locais ficaram contentes com o avistamento dos animais, mas demoraram pouco tempo a perceber que nem tudo estava bem.

Segundo o IFL Science, uma alteração no clima havia criado um enorme pedaço de gelo espesso, com cerca de quatro quilómetros de extensão, que ficou localizado entre os buracos de ar das baleias e o oceano aberto.

Os mamíferos marinhos eram incapazes de nadar esta distância sem ficar sem oxigénio e os escassos orifícios de ar não chegavam para as baleias sobreviverem. Os residentes esforçaram-se para manter os animais nutridos, mas, com a chegada do inverno, esperavam também a vinda de um milagre.

Nessa altura, a Rússia presenteou-se com um navio quebra-gelo finlandês, o maior e mais poderoso da época. Estes navios são conhecidos por cavar gelo espesso a grandes altitudes onde os barcos normais não se atrevem a aventurar. Uma das suas características mais vistosas era uma central de energia elétrica a diesel.

A Rússia acabou por alistar o Moskva na missão de resgate para salvar as baleias beluga, mas sabia que precisaria de agir rapidamente se quisesse libertá-las a tempo.

Quando o navio chegou, a situação era pior do que imaginavam e a missão acabou por ser cancelada pelo capitão do navio. Descontente, a tripulação decidiu que tinha de agir: enquanto quebravam o gelo, helicópteros largavam peixes para tentar alimentar as baleias que ainda permaneciam vivas.

Demorou vários dias, mas o Moskva conseguiu abrir um caminho para os animais. Apesar da boa notícia, as baleias – cansadas e traumatizadas pelo navio – eram incapazes de se mover.

Foi então que um membro da tripulação teve uma ideia fora da caixa com potencial para salvar os animais: a música poderia ajudar na missão de resgate.

Com poucas opções, a tripulação decidiu pôr em prática a ideia e o Moskva tornou-se um altifalante, ainda que temporariamente. Todos os tipos de música foram tocados na paisagem gelada, mas foi o clássico que provou ser a isca mais eficaz.

As baleias aproximaram-se do barco para investigar a melodia e, quilómetro a quilómetro, o Moskva conduziu os animais para fora da sua “prisão”.

ZAP


 



Data: 2021-05-03

 Vídeo

Sobrevoando a Restinga e a cidade do Lobito (Angola)

 XIII Congresso da APLOP | Ireneu Camacho | ENAPOR – Portos de Cabo Verde

 XIII Congresso da APLOP | Eneida Gomes | ENAPOR – Portos de Cabo Verde

 XIII Congresso da APLOP | Joaquim Gonçalves | APDL

 XIII Congresso da APLOP | Ricardo Roque | A Marca APLOP – Novos Caminhos

 XIII Congresso da APLOP | António Santos | Estudo de Mercado dos Portos dos PALOP

 XIII Congresso da APLOP | Dinis Manuel Alves

 XIII Congresso da APLOP | Segundo período de debate

 XIII Congresso da APLOP | Debate

 XIII Congresso da APLOP | Apresentação do Painel 1

 Encerramento do XIII Congresso da APLOP

 XIII Congresso da APLOP | José Renato Ribas Fialho | ANTAQ

 XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Ireneu Camacho

 XIII Congresso da APLOP | José Luís Cacho

 XIII Congresso da APLOP | Massoxi Bernardo | Porto de Luanda

 XIII Congresso da APLOP | Francisco Martins | Porto de Suape

 XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Murillo Barbosa

 Congresso Intercalar da APLOP - Rio de Janeiro - Março de 2012

Congresso Intercalar da APLOP - Rio de Janeiro - Março de 2012