ANGOLA

Corredor do Lobito potencia empreendedorismo nacional

A dinamização do Corredor do Lobito está a incentivar a classe empresarial e os produtores familiares a aumentarem a produção de bens alimentares em seis províncias do país.

O reconhecimento foi expresso na cidade de Benguela, pelo presidente em exercício da Câmara de Fomento Empresarial na província, Lucas Ábias, durante a abertura do Fórum Internacional para Investimento da região Centro e Sul de Angola.

Segundo o gestor, o ganho está, também, a criar e incentivar jovens a criarem pequenos investimentos, no quadro do programa de empreendedorismo. O certame visa apresentar as oportunidades de negócio na região Centro e Sul, que o Corredor do Lobito proporciona nos domínios da Agricultura, Indústria, Transporte e Logística e Mineração, bem como incentivar parcerias entre as empresas nacionais e estrangeiras para investimento na região, dentre outros.

Para as regiões Centro, Sul e Leste, referenciou, o Corredor do Lobito é bandeira da costa marítima, com terras vastas e aráveis para agricultura e pastorícia, sem perder de vista os recursos minerais. A região, acrescentou, tem, também, um povo com forte tradição no campo.

As terras vastas e aráveis para a agricultura, pastorícia estão, também, a motivar os agricultores e produtores familiares a aumentar os níveis de produção de cereais, hortaliças e tubérculos.

Lucas Ábias referenciou o histórico que considerou "invejável” da região na indústria, com grande destaque para a companhia Inglesa da Açucareira, que protagonizou a primeira luz eléctrica em Angola, bem como a construção e gestão inglesa do Caminho de Ferro de Benguela, que liga Angola, Zâmbia e a República Democrática do Congo (RDC).

A região, sustentou, possui um dos maiores Portos de águas profundas da região da África Austral, uma bacia com potencial para o pescado de mariscos, e em curso o processo de Certificação do Aeroporto Internacional da Catumbela, que reforçará as infra-estruturas de transportes existentes e dará uma grande dinâmica à economia da região. Lucas Ábias disse que os produtores têm tudo para dar certo, pois, além da possibilidade de ligação aérea e marítima, a região conta com a via rodoviária, através da Estrada Nacional nº 100, que liga Angola – República da Namíbia e República Democrática do Congo. De acordo com Lucas Ábias, Angola vive desafios enormes no capítulo do desenvolvimento do capital humano e a necessidade de empregabilidade e estímulo à renda das famílias torna-se imperativo.

A Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) tem atendido o empresariado estrangeiro, razão pela qual surgiu a iniciativa do Fórum Internacional para Investimento da Região Sul/Corredor do Lobito, a juntar-se com outras iniciativas do Executivo e entidades privadas.

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