Comércio luso-brasileiro teve em 2011 o melhor ano de sempre

As trocas comerciais entre Portugal e o Brasil atingiram em 2011 um novo recorde, com o melhor registo de sempre na corrente de comércio luso-brasileira: US$ 2,89 mil milhões. O número fica não só acima dos US$ 2,09 mil milhões de 2010 como também supera o anterior recorde, de US$ 2,3 mil milhões, alcançado em 2008.

Os dados recolhidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil (MDIC) revelam que 2011 foi simultaneamente um recorde para as exportações brasileiras para Portugal e para as vendas portuguesas para o Brasil.

Por um lado, a economia brasileira faturou US$ 2,05 bilhões nas exportações para o mercado luso, crescendo 36% face a 2010 e ultrapassando os US$ 1,8 bilhões de 2007, que era até agora o melhor desempenho de sempre.

Por outro lado, Portugal exportou para o Brasil US$ 835,6 milhões, com um crescimento de quase 44% sobre 2010. O anterior recorde tinha sido obtido em 2008, quando Portugal exportou US$ 598,7 milhões, de acordo com os números do MDIC.

Em dezembro as vendas brasileiras para Portugal somaram US$ 169 milhões, abaixo dos US$ 248 milhões do mesmo mês de 2010. Já as exportações lusas para o Brasil alcançaram um recorde de US$ 102 milhões em dezembro (contra US$ 59 milhões no último mês de 2010). Este ano as exportações de Portugal para o mercado brasileiro nunca tinham conseguido passar a marca dos US$ 100 milhões mensais.

No conjunto do ano o saldo da balança comercial bilateral foi favorável ao Brasil em US$ 1,2 bilhão, cifra que fica acima dos US$ 927 milhões de 2010, mas que não bate o superávit brasileiro de US$ 1,46 bilhão de 2007, o maior de sempre.

Quanto aos produtos mais transacionados, o azeite lidera as exportações portuguesas para o Brasil, com um peso de quase 20%, seguido do bacalhau, com aproximadamente 10% do total vendido para o mercado brasileiro.

Já o Brasil tem no petróleo mais de 55% das suas exportações para Portugal. O açúcar é o segundo produto mais vendido, mas com um peso muito menor, de 6,6%, de acordo com as informações do MDIC.

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