Início > Artigo > 1954: Lançado o primeiro submarino nuclear



VIAJANDO PELA HISTÓRIA

1954: Lançado o primeiro submarino nuclear


No dia 21 de Janeiro de 1954, foi lançado pela primeira vez ao mar o submarino Nautilus, nos Estados Unidos.

A necessidade de uma fonte de energia adequada a longas missões navais foi um dos impulsos iniciais à pesquisa nuclear. Sob a direção de Hyman Rickover, os Estados Unidos implementaram o programa de desenvolvimento de um reator naval no fim dos anos 1940.

O submarino USS Nautilus, desenvolvido pela Electric Boat Division e lançado em 1954, provou as vantagens da propulsão nuclear principalmente para embarcações militares, sendo o primeiro a cruzar por baixo a placa de gelo do Polo Norte.

Hoje, o Nautilus é uma das principais atrações do Historic Ship Nautilus & Submarine Force Museum, na base naval de Groton (Connecticut). Seus sucessores provam o avanço tecnológico ocorrido nesse campo na segunda metade do século 20.

Os modernos submarinos atômicos são gigantes de até 150 metros de comprimento e 18 mil toneladas de peso, que se movimentam silenciosamente a 35 nós (cerca de 65 km/h). Mergulham até 450 metros de profundidade e podem permanecer durante meses no fundo do mar.

Ameaça e chantagem

Embora o então presidente norte-americano Dwigth Eisenhower tivesse feito uma apologia dos "átomos para a paz" diante da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1953, os submarinos atômicos transformaram-se nos principais instrumentos de ameaça e chantagem durante a Guerra Fria.

"Difíceis de serem localizados e destruídos, eram esconderijos ideais para armas nucleares distribuídas pelos oceanos", explica Gerhard Schmidt, engenheiro nuclear do Instituto Ecológico de Darmstadt.

Segundo a organização ambientalista Greenpeace, de 1955 a 1995, as potências atômicas (Estados Unidos, União Soviética, França, Reino Unido e China) construíram 465 submarinos a propulsão nuclear. Mais da metade desse total é de fabricação soviética.

Lixo atômico

Nas últimas três décadas da Guerra Fria, ocorreram vários acidentes (em parte, nunca esclarecidos), principalmente envolvendo as frotas norte-americana e soviética. Pelo menos quatro submarinos soviéticos e dois norte-americanos, danificados ou afundados de propósito, permanecem no fundo do mar, supostamente impossíveis de serem resgatados.

Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), até 1988 as potências atômicas simplesmente abandonavam no fundo do mar o lixo nuclear (reatores e submarinos sucateados).

A AIEA calcula que, entre 1964 e 1986, a Marinha da União Soviética haja lançado 16 mil toneladas de lixo radioativo líquido e 11 mil metros cúbicos de lixo sólido nos mares de Barents e Kara. Em março de 1993, uma comissão do governo russo revelou que, desde 1959, cerca de 80 mil toneladas de lixo atômico, incluindo dois submarinos nucleares da frota do Pacífico, foram afundados no Mar do Japão.

A Rússia, principalmente, não tem recursos financeiros para manter a frota de submarinos atômicos, como ficou evidente no acidente do Kursk em agosto de 2000.

A Marinha norte-americana, pioneira no desenvolvimento da tecnologia de propulsão nuclear, também já teve diversos acidentes. Segundo um relatório sobre a Submarine Force elaborado por William Arkin e Joshua Handler entre 1983 e 1987, ocorreram 12 encalhes, 50 colisões, 113 incêndios e 48 inundações em submarinos norte-americanos. Não há, porém, informações confiáveis sobre danos ocorridos nos reactores a bordo.

fonte




Data: 2012-01-22

 Vídeo

Sobrevoando a Restinga e a cidade do Lobito (Angola)

 XIII Congresso da APLOP | Ireneu Camacho | ENAPOR – Portos de Cabo Verde

 XIII Congresso da APLOP | Eneida Gomes | ENAPOR – Portos de Cabo Verde

 XIII Congresso da APLOP | Joaquim Gonçalves | APDL

 XIII Congresso da APLOP | Ricardo Roque | A Marca APLOP – Novos Caminhos

 XIII Congresso da APLOP | António Santos | Estudo de Mercado dos Portos dos PALOP

 XIII Congresso da APLOP | Dinis Manuel Alves

 XIII Congresso da APLOP | Segundo período de debate

 XIII Congresso da APLOP | Debate

 XIII Congresso da APLOP | Apresentação do Painel 1

 Encerramento do XIII Congresso da APLOP

 XIII Congresso da APLOP | José Renato Ribas Fialho | ANTAQ

 XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Ireneu Camacho

 XIII Congresso da APLOP | José Luís Cacho

 XIII Congresso da APLOP | Massoxi Bernardo | Porto de Luanda

 XIII Congresso da APLOP | Francisco Martins | Porto de Suape

 XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Murillo Barbosa

 Constituição da APLOP - João Carvalho (IPTM) e José Luís Cacho (APP)

Constituição da APLOP - João Carvalho (IPTM) e José Luís Cacho (APP)