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PARA O FUTURO DA MACARONÉSIA

Investigadores portugueses indagam a importância das energias renováveis, da biodiversidade marinha e do clima do oceano


O Presidente do Centro de Energia das Ondas de Lisboa, António Sarmento, manifestou, no seu discurso realizado na Contribuição da Macaronésia ao Fórum Atlântico da UE, que a energia do oceano, nomeadamente o vento e as ondas, podem produzir duas vezes o consumo mundial de energia.

Neste sentido, defendeu o investimento em energias renováveis na Macaronésia para a segurança e controle dos custos da energia, controle das alterações climáticas, desenvolvimento de novas tecnologias e criação de emprego e riqueza, por serem economias baseadas no mar.

Além disso, a riqueza da biodiversidade marinha, foi apresentado por Dra. Ana Colaço da Universidade dos Açores, que descreveu as descobertas biotecnológicas em águas profundas, em particular na área dos Açores, indicando que aí existem enzimas e produtos utilizados no campo da genética. Estes componentes enzimáticos foram melhorados para fins farmacêuticos, possibilitando o combate da malária, e identificação de bactérias para o tratamento de resíduos.

Dr. Alvarez Fanjul, responsável pela Área do Ambiente Físico dos Puertos del Estado, apresentou o relatório sobre o sistema de Oceanografia Operacional Atlântico criado pelos Puertos del Estado, focando a importância do conhecimento do meio marinho em tempo real, temperatura, salinidade, nível do mar e agitação marítima bem como as previsões das correntes.

Este sistema, salientou o Dr. Alvarez Fanjul, supôs um impacto sócio-económico forte no sector da actividade portuária, no salvamento no mar e no combate á poluição, na engenharia naval, nas pescas, na aquicultura, nos estudos de ecologia e biologia marinha, no transporte marítimo e turismo, sendo este utilizado diariamente por milhares de usuários.

Por outro lado, O professor da Universidade dos Açores, Dr. Eduardo Brito de Azevedo, membro do Centro do Clima, Meteorologia para Mudanças Globais, sublinhou a importância dos territórios da Macaronésia no estudo da dinâmica global do oceano e do clima. Os dados obtidos nos últimos oito anos mostram alterações no clima, prevendo uma incidência mais elevada das tempestades tropicais mais ao norte. Em três décadas, estas alterações são visíveis e comprovadas pelos oito anos de dados recolhidos. O Professor Dr. Brito de Azevedo salientou a diferença metodológica da pesquisa do clima nas ilhas, em comparação com o continente. A área da Macaronésia e a investigação desenvolvida nas suas águas é determinante para o clima do planeta.


 

 

 




Data: 2012-05-01

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