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MOÇAMBIQUE A PAR DOS MAIS REFORMADORES

Angola entre os futuros gigantes africanos, prepara-se para ultrapassar a África do Sul


África vai ser cada vez mais importante nos negócios internacionais e, enquanto Angola está posicionada para se tornar num “gigante” maior do que a África do Sul, Moçambique é dos que tem efectuado mais reformas, afirma a Economist Intelligence Unit (EIU).

No recente relatório “Para Dentro de África: Oportunidades Emergentes para Negócios”, a EIU coloca Moçambique entre os países que deverão ter um crescimento entre 7,5% e 10% entre 2012 e 2016, enquanto Angola ficará entre 5% e 7,5%.

Embora o peso do continente na economia mundial seja pequeno, estimado em apenas 3%, a tendência é de crescimento e uma recente pesquisa da EIU junto de multinacionais indicou que o continente é visto como aquele com os maior potencial entre os novos mercados e um destino previsto de investimentos a longo prazo.

A China tem vindo a aumentar fortemente o seu peso no comércio e investimento, devido à sua “necessidade de recursos, mas também à sua política de longo prazo de exteriorização”, refere a EIU.

Esta política é “baseada na necessidade de desenvolver mercados consumidores que vão comprar bens e serviços chineses não hoje, nem mesmo amanhã, mas depois de amanhã” e está junta a uma “estratégia de transferir indústria de baixo valor acrescentado para o estrangeiro, para mercados onde os salários reais são mais baixos” do que na China.

A EIU identifica como áreas chave de desenvolvimento a agricultura e agro-indústria, dado que este é um continente que é importador de comida “quando deveria estar a abastecer o mundo”, com uma área arável calculada em 40% do total mundial.

Outra área de oportunidades é a das infra-estruturas, como os caminhos-de-ferro, estradas e energia eléctrica, apesar de “uma quantidade substancial de trabalho ter sido feita na última década com a ajuda de investimento chinês”.

“As empresas chinesas estão a fazer estradas, a reformar caminhos-de-ferro, portos e aeroportos. Mas é preciso fazer muito mais”, refere a EIU.

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Data: 2012-07-07

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