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Conceito de água virtual aumenta alerta sobre escassez


Pesquisadores desenvolveram uma forma de calcular toda a água consumida pelo ser humano. Isso inclui o uso para hidratação e higiene, além do que é utilizado na produção de bens de consumo, o que geralmente não é notado.

Você já pensou na quantidade de água que consome? De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cada pessoa gasta em média 39,6 m³ de água por ano (cerca de 110 litros por dia), de forma direta. Esse é o volume considerado para atender às necessidades de ingestão, higiene pessoal, preparação de alimentos e limpeza em geral. Mas o que não se leva em consideração é a água utilizada no processo de produção de tudo que se consome, como alimentos, roupas, livros, carros. Esse consumo indireto é denominado "água virtual" e tem chamado a atenção de especialistas, ao demonstrar que a demanda desse recurso é muito maior do que se imagina, e a velocidade com que a disponibilidade tem diminuído, também.

Essa teoria foi introduzida pelo britânico Tony Allan em 1993. Trata-se de uma definição simples, segundo a qual o volume de água utilizado na produção de qualquer bem ou produto, seja de origem animal, vegetal ou mineral, é considerado água virtual. No setor produtivo, a água é dividida em verde (chuva), azul (na superfície e debaixo da terra) e cinza (poluída).

Para se ter uma ideia, produzir 1kg de carne bovina demanda 15 mil litros de água. Para 1kg de arroz são necessários 2,5 mil litros, e para uma calça jeans, mais 10 mil. Esses são apenas exemplos de como a quantidade de água de fato usada pelo ser humano é bem maior do que os 110 litros diários estimados pela ONU. Sem mencionar que, se cada pessoa do planeta adotasse o padrão de consumo dos países desenvolvidos, precisaríamos de muito mais água. Só a produção de alimentos demandaria 75% a mais do recurso natural, de acordo com o relatório do Conselho Mundial da Água.

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Data: 2013-05-07

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