BRASIL
Comitê debate segurança cibernética no sector portuário
Compreensão dos ativos e dos processos da organização para planejar a melhor alocação de recursos e defesas contra ataques cibernéticos. Essa foi uma das principais recomendações do especialista em Cibersegurança e Proteção Digital de Negócios, Carlos Albuquerque, durante a live “Cibersegurança nos Terminais Portuários”, realizada pelo Comitê de Segurança da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP).
Em sua explanação, Albuquerque destacou que os agentes portuários precisam implementar diversas medidas para se protegerem de invasões aos seus sistemas. Para isso, é necessário, de antemão, a mudança de entendimento de que essas ameaças são algo distante do setor. “O risco cibernético não é um risco de TI (Tecnologia da Informação), é um risco de negócios. Muita gente confunde isso. O transporte marítimo é responsável por 90% da carga em todo o mundo. É papel dos terminais ser essa plataforma de exportação. Então, a segurança cibernética é fundamental para contribuir para a continuidade do negócio”, disse Albuquerque.
POR RÔMULO ALEXANDRE SOARES
Os rios Ceará e Cocó e um oceano sem plástico
É verdade que o plástico é pop, é uma parte indispensável da nossa vida moderna. Pegou, porque é versátil, durável e custa muito pouco para ser produzido. Geramos cerca de 460 milhões de toneladas dele por ano e, neste ritmo, triplicaremos esse número nas próximas décadas. Enfim, uma ida ao supermercado nos dá uma boa ideia de sua utilidade e nos fará entender por que a humanidade, procurando limitar o aquecimento global a 1,5°C, a tal meta do Acordo de Paris, já estima que ele representará 15% do total de emissões de gases de efeito estufa permitidas até 2050.
POR JORGE COSTA OLIVEIRA
As rotas marítimas entre a China e a Europa
A dependência da China do comércio marítimo é enorme – 90% de todo o comércio externo chinês, incluindo 80% das suas importações de petróleo e 66% das de GNL, mas também carregamentos de contentores e carga a granel. A larga maioria deste comércio externo utiliza a principal rota marítima atual entre o Extremo Oriente e a Europa – cerca de 25% a 30% de todo o comércio marítimo global passa pelo Estreito de Malaca – que vai dos portos da China (e Japão, Coreia do Sul, Vietname) até Roterdão/Istambul/Atenas-Pireu/Trieste, passando pelo Estreito de Malaca, no Oceano Índico, o Mar Vermelho, o Canal de Suez, o Mar Mediterrâneo.
POR CARLOS ELAVAI
Quatro cenários para a crise do transporte marítimo de mercadorias no Mar Vermelho
A crise no Mar Vermelho tem gerado impactos globais no setor do transporte marítimo de mercadorias e, consequentemente, no comércio global. De acordo com o estudo “Scenarios for Container Shipping in the Red Sea Crisis”, realizado pela Boston Consulting Group (BCG), há quatro cenários possíveis para o seu desfecho – resolução imediata, continuidade em 2024, término no início de 2025 ou prolongamento durante o próximo ano e consequente crise regional.
POR MURILLO BARBOSA E BÁRBARA ROSA
Já pensou como seria o Brasil sem os TUPs?
Em termos de impactos às economias regionais, a região Centro-Oeste perderia em 100% sua opção de escoamento pelo modal aquaviário sem os TUPs. A região Nordeste seria a segunda maior impactada, com uma perda de 72,9%, seguida da região Norte (71,3%), Sudeste (67,3%) e Sul (39,3%).
Em um contexto nacional onde se busca reduzir as disparidades econômicas e sociais do país, promovendo uma distribuição mais equitativa da riqueza e de oportunidades, as regiões Norte e Nordeste, que historicamente enfrentaram desafios significativos em termos de infraestrutura, teriam um impacto ainda maior sem a existência dos terminais privados.
A Inteligência Artificial no Sector Portuário não nos vai substituir
A rápida evolução da tecnologia, em especial da Inteligência Artificial (IA), tem despertado preocupações sobre o futuro do trabalho e no sector portuário não seria diferente.
Nos últimos anos, o avanço da Inteligência Artificial (IA) tem sido notável, trazendo consigo uma série de transformações em diversas áreas da sociedade. Um setor que está experimentando o impacto positivo dessa tecnologia é o setor portuário. Apesar dos receios iniciais de que a IA pudesse substituir os profissionais do ramo, a realidade é que a IA, já está presente já algum tempo, e vem impulsionando a capacitação de profissionais da área de T.I, tornando-os mais eficientes e competitivos. É sobre esse assunto que falaremos agora.
FERNANDA HERCULANO
Conhece a importância da ROTA DA SEDA para a humanidade?
A Rota da Seda teve um papel significativo no intercâmbio cultural entre as civilizações ao longo dos séculos, levando à difusão de ideias, religiões, tecnologias e arte. Além disso, a rota também teve impacto nas dinâmicas políticas e diplomáticas entre as regiões conectadas. Porém, a Rota da Seda perdeu parte de sua relevância com o surgimento de rotas marítimas mais diretas após a Era dos Descobrimentos.
POR HENRY ULIANO QUARESMA
Os Espirros da China
A China não só consome como vende, e muito. É o maior produtor e exportador de produtos industrializados do mundo. Seu maior cliente, os Estados Unidos, se preocupam com os constantes déficits comerciais e com a transferência da indústria e os seus empregos qualificados para o solo chinês, motivo de uma série de sanções para uma tentativa de reversão desse quadro, através da chamada guerra comercial China-EUA, iniciada em 2018.
DIRECTOR GERAL DA TERMACO LOGÍSTICA, SÓCIA CBPCE
A logística em 2023 por André Arruda
O ano de 2023 para o sector de logística deverá ser muito promissor. Segundo a pesquisa da Transparency Market Research, o mercado de logística valerá R$ 15,5 trilhões com a movimentação de mais de 92 bilhões de toneladas de mercadorias. Ao mesmo tempo, a área segue no processo de transformação digital, principalmente nas empresas que precisaram adotar novas tecnologias para ter um maior controle sobre a gestão de frota para alcançarem melhor produtividade. Para 2023, podemos destacar três principais tendências: o investimento nas empresas de logística e infraestrutura, a tecnologia como melhoria da produtividade e confiabilidade nos processos e as práticas de sustentabilidade no setor através do ESG.
IMO 2023 - O que vem por aí?
No fim de 2019 o assunto em pauta era a entrada em vigor do IMO 2020, que consistia basicamente na obrigatoriedade de os navios abandonarem a queima direta do combustível IFO 380 (Intermediate Fuel Oil), com emissão de 3,5% de enxofre, por um óleo mais leve chamado VLSFO (Very Low Sulphur Fuel Oil) que deveria emitir até 0,5% de enxofre a partir de 1º de janeiro de 2020. Alternativamente poder-se-ia instalar equipamentos para “limpar” as emissões — os chamados “scrubbers”.
Logística marítima internacional em compasso de espera
A situação da logística marítima internacional tem alarmado líderes no mundo inteiro. A intensa alta nos preços, de efeitos duradouros, traz junto um aumento da inflação global. O sector já havia sido fortemente impactado pela pandemia. Registou uma elevação significativa em 2020 e, em 2021, o aumento chegou a um percentual de três dígitos. Tudo indicava que, em 2022, os preços ficariam como estavam, sem novas escaladas expressivas. E aí veio a reviravolta. Com a guerra na Ucrânia, a Rússia “saiu do mapa” dessa logística e novas mudanças e incertezas surgiram.
OPINIÃO
Navios rumo à cidade portuária sustentável
"Gabriel e Cora, podem desenhar um navio?” E lá vem um grande barco, com fumaça e buzina. Esse navio do nosso imaginário infantil é ainda presente na paisagem de cidades portuárias. Se a buzina ressoando é nostálgica, a fumaça nem tanto.
A fumaça, cujo nome técnico é “gases de exaustão'', é um resíduo resultante da queima nos motores, caldeiras e/ou outros equipamentos da embarcação da mistura ar e combustível fóssil. A transformação da energia química em energia mecânica aparece para a cidade ao ser lançada na atmosfera, geralmente, pela chaminé da embarcação.
OPINIÃO, POR VINCENT MATINDE
Os cinco principais desafios de infraestrutura de TIC para a zona de livre comércio de África
A Área de Livre Comércio da África Continental (AfCFTA), onde Angola se inclui como Estado membro, é a maior zona de livre comércio do mundo. Deixamos aqui quais são os cinco principais desenvolvimentos de tecnologia e comunicação necessários para tornar esta região bem-sucedida.
Nigéria Projeto Homérico - Deep Blue
Sabemos que a existência de pirataria em alto mar é resultado da falta de segurança em terra firme. Segundo alguns críticos é perda de tempo resolver os problemas em alto mar quando não estão resolvidos os problemas em terra, mas a Nigéria tem de começar por uma ponta, e neste caso, pode ser uma qualquer, tem é de começar. É urgente ter segurança num dos mares mais perigosos do Mundo, como tal as autoridades nigerianas decidiram que a segurança em terra será o segundo passo, com a identificação de grupos e milícias que controlam o tráfico de droga e combustível.
OPINIÃO, POR BRUNO ALAMINO
Green shipping: o futuro da navegação
O que esperar da navegação daqui a 10, 20 ou 30 anos? Embarcações movidas a energia solar, já que vemos um grande avanço nos estudos desta tecnologia e sua aplicabilidade em grande escala. Ou até o uso civil da energia nuclear como fonte de propulsão. Seria leviano afirmar que essa ou aquela tecnologia será a dominante. Porém, podemos sim vislumbrar uma navegação mais eficiente de um ponto de vista energético e muito mais sustentável, reduzindo custos e impactos ambientais.
Três cenários para a recuperação da cadeia de abastecimento global
"Claro que existem diversos case studies que descrevem como as empresas recuperaram de um desastre como o tsunami no Japão em 2011 ou as cheias de 2011 em Taiwan. Mas agora enfrentamos um desafio mais grave por causa do impacto prolongado da pandemia na economia em geral e nas cadeias de abastecimento em particular." (...)
Comércio internacional, reshoring e a pandemia
Na sequência da pandemia, começa a falar-se muito dos benefícios do reshoring principalmente por parte dos políticos. No entanto, um estudo realizado pelas Universidades do Michigan, Yale e do Texas, estima que a contracção esperada no produto interno bruto provocado pelo Covid-19 seja de 31.5%, com cerca de um terço desta contracção a poder ser imputada a problemas nas supply chains. A parte interessante é que este estudo avança que, sem a componente do comércio internacional de componentes e produtos finais, a queda no produto interno bruto teria sido de 31.3%.
O reshoring ou a nacionalização das cadeias de abastecimento globais, regra geral não torna os países mais resilientes a contrações provocadas pela falta de mão de obra. Este estudo usou um modelo que mediu a produção em 64 países e 33 indústrias. A razão apontada para o resultado é que quando se deixa de depender do fornecimento de países terceiros passamos a depender de fornecimentos internos. Assim, o resultado vai depender de se saber como é que a cadeia de abastecimento que foi alvo de reshoring vai ser afectada pelas medidas de confinamento que sejam adoptadas e se vão ser mais ou menos apertadas do que nos parceiros comerciais.
BRASIL
Itajaí, um porto resiliente
Segundo o dicionarista Houaiss “resiliência no sentido figurado é a capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças”. O porto de Itajaí ao longo de sua história tem dado repetidas demonstrações de sua resiliência frente às adversidades e aos humores do mercado.
BRASIL
Tomada de decisão em investimento portuário: o que é isso?
A reforma portuária iniciada com a edição da Medida Provisória n. 595, em dezembro de 2012, que foi convertida na Lei 12.815/2013 (Lei dos Portos), e que encadeou uma série de normativos, tem ampliado a participação da iniciativa privada no setor. Mas há problemas. Assim sendo, como o investidor pode reduzir seu risco na tomada de decisão em investimento portuário?
OPINIÃO
O papel essencial dos Armadores para o crescimento do Brasil
Parece haver uma lacuna no imaginário colectivo brasileiro: o entendimento de que sem o transporte marítimo, no caso de muitos produtos, não haveria razão para a existência do transporte terrestre. A soja, por exemplo, é um destaque: foi o principal produto exportado pelo país em 2018, o que só foi possível pela operação da navegação marítima.