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POR JORGE COSTA OLIVEIRA

As rotas marítimas entre a China e a Europa

A dependência da China do comércio marítimo é enorme – 90% de todo o comércio externo chinês, incluindo 80% das suas importações de petróleo e 66% das de GNL, mas também carregamentos de contentores e carga a granel. A larga maioria deste comércio externo utiliza a principal rota marítima atual entre o Extremo Oriente e a Europa – cerca de 25% a 30% de todo o comércio marítimo global passa pelo Estreito de Malaca – que vai dos portos da China (e Japão, Coreia do Sul, Vietname) até Roterdão/Istambul/Atenas-Pireu/Trieste, passando pelo Estreito de Malaca, no Oceano Índico, o Mar Vermelho, o Canal de Suez, o Mar Mediterrâneo.

POR CARLOS ELAVAI

Quatro cenários para a crise do transporte marítimo de mercadorias no Mar Vermelho

A crise no Mar Vermelho tem gerado impactos globais no setor do transporte marítimo de mercadorias e, consequentemente, no comércio global. De acordo com o estudo “Scenarios for Container Shipping in the Red Sea Crisis”, realizado pela Boston Consulting Group (BCG), há quatro cenários possíveis para o seu desfecho – resolução imediata, continuidade em 2024, término no início de 2025 ou prolongamento durante o próximo ano e consequente crise regional.

POR MURILLO BARBOSA E BÁRBARA ROSA

Já pensou como seria o Brasil sem os TUPs?

Em termos de impactos às economias regionais, a região Centro-Oeste perderia em 100% sua opção de escoamento pelo modal aquaviário sem os TUPs. A região Nordeste seria a segunda maior impactada, com uma perda de 72,9%, seguida da região Norte (71,3%), Sudeste (67,3%) e Sul (39,3%).

Em um contexto nacional onde se busca reduzir as disparidades econômicas e sociais do país, promovendo uma distribuição mais equitativa da riqueza e de oportunidades, as regiões Norte e Nordeste, que historicamente enfrentaram desafios significativos em termos de infraestrutura, teriam um impacto ainda maior sem a existência dos terminais privados.

A Inteligência Artificial no Sector Portuário não nos vai substituir

A rápida evolução da tecnologia, em especial da Inteligência Artificial (IA), tem despertado preocupações sobre o futuro do trabalho e no sector portuário não seria diferente.

Nos últimos anos, o avanço da Inteligência Artificial (IA) tem sido notável, trazendo consigo uma série de transformações em diversas áreas da sociedade. Um setor que está experimentando o impacto positivo dessa tecnologia é o setor portuário. Apesar dos receios iniciais de que a IA pudesse substituir os profissionais do ramo, a realidade é que a IA, já está presente já algum tempo, e vem impulsionando a capacitação de profissionais da área de T.I, tornando-os mais eficientes e competitivos. É sobre esse assunto que falaremos agora.

FERNANDA HERCULANO

Conhece a importância da ROTA DA SEDA para a humanidade?

A Rota da Seda teve um papel significativo no intercâmbio cultural entre as civilizações ao longo dos séculos, levando à difusão de ideias, religiões, tecnologias e arte. Além disso, a rota também teve impacto nas dinâmicas políticas e diplomáticas entre as regiões conectadas. Porém, a Rota da Seda perdeu parte de sua relevância com o surgimento de rotas marítimas mais diretas após a Era dos Descobrimentos.

POR HENRY ULIANO QUARESMA

Os Espirros da China

A China não só consome como vende, e muito. É o maior produtor e exportador de produtos industrializados do mundo. Seu maior cliente, os Estados Unidos, se preocupam com os constantes déficits comerciais e com a transferência da indústria e os seus empregos qualificados para o solo chinês, motivo de uma série de sanções para uma tentativa de reversão desse quadro, através da chamada guerra comercial China-EUA, iniciada em 2018.

DIRECTOR GERAL DA TERMACO LOGÍSTICA, SÓCIA CBPCE

A logística em 2023 por André Arruda

O ano de 2023 para o sector de logística deverá ser muito promissor. Segundo a pesquisa da Transparency Market Research, o mercado de logística valerá R$ 15,5 trilhões com a movimentação de mais de 92 bilhões de toneladas de mercadorias. Ao mesmo tempo, a área segue no processo de transformação digital, principalmente nas empresas que precisaram adotar novas tecnologias para ter um maior controle sobre a gestão de frota para alcançarem melhor produtividade. Para 2023, podemos destacar três principais tendências: o investimento nas empresas de logística e infraestrutura, a tecnologia como melhoria da produtividade e confiabilidade nos processos e as práticas de sustentabilidade no setor através do ESG.

IMO 2023 - O que vem por aí?

No fim de 2019 o assunto em pauta era a entrada em vigor do IMO 2020, que consistia basicamente na obrigatoriedade de os navios abandonarem a queima direta do combustível IFO 380 (Intermediate Fuel Oil), com emissão de 3,5% de enxofre, por um óleo mais leve chamado VLSFO (Very Low Sulphur Fuel Oil) que deveria emitir até 0,5% de enxofre a partir de 1º de janeiro de 2020. Alternativamente poder-se-ia instalar equipamentos para “limpar” as emissões — os chamados “scrubbers”.

Logística marítima internacional em compasso de espera

A situação da logística marítima internacional tem alarmado líderes no mundo inteiro. A intensa alta nos preços, de efeitos duradouros, traz junto um aumento da inflação global. O sector já havia sido fortemente impactado pela pandemia. Registou uma elevação significativa em 2020 e, em 2021, o aumento chegou a um percentual de três dígitos. Tudo indicava que, em 2022, os preços ficariam como estavam, sem novas escaladas expressivas. E aí veio a reviravolta. Com a guerra na Ucrânia, a Rússia “saiu do mapa” dessa logística e novas mudanças e incertezas surgiram.

OPINIÃO

Navios rumo à cidade portuária sustentável

"Gabriel e Cora, podem desenhar um navio?” E lá vem um grande barco, com fumaça e buzina. Esse navio do nosso imaginário infantil é ainda presente na paisagem de cidades portuárias. Se a buzina ressoando é nostálgica, a fumaça nem tanto.

A fumaça, cujo nome técnico é “gases de exaustão'', é um resíduo resultante da queima nos motores, caldeiras e/ou outros equipamentos da embarcação da mistura ar e combustível fóssil. A transformação da energia química em energia mecânica aparece para a cidade ao ser lançada na atmosfera, geralmente, pela chaminé da embarcação.

OPINIÃO, POR VINCENT MATINDE

Os cinco principais desafios de infraestrutura de TIC para a zona de livre comércio de África

A Área de Livre Comércio da África Continental (AfCFTA), onde Angola se inclui como Estado membro, é a maior zona de livre comércio do mundo. Deixamos aqui quais são os cinco principais desenvolvimentos de tecnologia e comunicação necessários para tornar esta região bem-sucedida.

Nigéria Projeto Homérico - Deep Blue

Sabemos que a existência de pirataria em alto mar é resultado da falta de segurança em terra firme. Segundo alguns críticos é perda de tempo resolver os problemas em alto mar quando não estão resolvidos os problemas em terra, mas a Nigéria tem de começar por uma ponta, e neste caso, pode ser uma qualquer, tem é de começar. É urgente ter segurança num dos mares mais perigosos do Mundo, como tal as autoridades nigerianas decidiram que a segurança em terra será o segundo passo, com a identificação de grupos e milícias que controlam o tráfico de droga e combustível.

OPINIÃO, POR BRUNO ALAMINO

Green shipping: o futuro da navegação

O que esperar da navegação daqui a 10, 20 ou 30 anos? Embarcações movidas a energia solar, já que vemos um grande avanço nos estudos desta tecnologia e sua aplicabilidade em grande escala. Ou até o uso civil da energia nuclear como fonte de propulsão. Seria leviano afirmar que essa ou aquela tecnologia será a dominante. Porém, podemos sim vislumbrar uma navegação mais eficiente de um ponto de vista energético e muito mais sustentável, reduzindo custos e impactos ambientais.

Três cenários para a recuperação da cadeia de abastecimento global

"Claro que existem diversos case studies que descrevem como as empresas recuperaram de um desastre como o tsunami no Japão em 2011 ou as cheias de 2011 em Taiwan. Mas agora enfrentamos um desafio mais grave por causa do impacto prolongado da pandemia na economia em geral e nas cadeias de abastecimento em particular." (...)

Comércio internacional, reshoring e a pandemia

Na sequência da pandemia, começa a falar-se muito dos benefícios do reshoring principalmente por parte dos políticos. No entanto, um estudo realizado pelas Universidades do Michigan, Yale e do Texas, estima que a contracção esperada no produto interno bruto provocado pelo Covid-19 seja de 31.5%, com cerca de um terço desta contracção a poder ser imputada a problemas nas supply chains. A parte interessante é que este estudo avança que, sem a componente do comércio internacional de componentes e produtos finais, a queda no produto interno bruto teria sido de 31.3%.

O reshoring ou a nacionalização das cadeias de abastecimento globais, regra geral não torna os países mais resilientes a contrações provocadas pela falta de mão de obra. Este estudo usou um modelo que mediu a produção em 64 países e 33 indústrias. A razão apontada para o resultado é que quando se deixa de depender do fornecimento de países terceiros passamos a depender de fornecimentos internos. Assim, o resultado vai depender de se saber como é que a cadeia de abastecimento que foi alvo de reshoring vai ser afectada pelas medidas de confinamento que sejam adoptadas e se vão ser mais ou menos apertadas do que nos parceiros comerciais.

BRASIL

Itajaí, um porto resiliente

Segundo o dicionarista Houaiss “resiliência no sentido figurado é a capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças”. O porto de Itajaí ao longo de sua história tem dado repetidas demonstrações de sua resiliência frente às adversidades e aos humores do mercado.

BRASIL

Tomada de decisão em investimento portuário: o que é isso?

A reforma portuária iniciada com a edição da Medida Provisória n. 595, em dezembro de 2012, que foi convertida na Lei 12.815/2013 (Lei dos Portos), e que encadeou uma série de normativos, tem ampliado a participação da iniciativa privada no setor. Mas há problemas. Assim sendo, como o investidor pode reduzir seu risco na tomada de decisão em investimento portuário?

OPINIÃO

O papel essencial dos Armadores para o crescimento do Brasil

Parece haver uma lacuna no imaginário colectivo brasileiro: o entendimento de que sem o transporte marítimo, no caso de muitos produtos, não haveria razão para a existência do transporte terrestre. A soja, por exemplo, é um destaque: foi o principal produto exportado pelo país em 2018, o que só foi possível pela operação da navegação marítima.

GERSON NASCIMENTO

O futuro escreve-se em África, com Angola em destaque

Previsão de crescimento. Saída da recessão. Expectativas positivas. Estes são alguns dos títulos e conteúdos de notícias que, durante o mês de janeiro, foram publicadas sobre a evolução da economia de África, em geral, e de Angola em particular. O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), por exemplo, prevê que a economia angolana cresça 1,2% este ano e 3,2 % em 2020. Um relatório da Economist Intelligence Unit revela que o crescimento económico de Angola poderá atingir uma taxa média de 2,6% ao ano no período de 2019/2023.

LUCAS RÊNIO

As greves anti-portuárias: uma realidade comum a Brasil e Portugal

Algumas décadas ainda se passarão até que a automação dos portos brasileiros e portugueses alcance os níveis dos ghost terminals europeus e asiáticos. O impacto social será menor se as medidas previstas pelas normas da OIT começarem a ser discutidas e implementadas desde já. Que os Sindicatos de Portuários no Brasil e em Portugal passem a adotar uma postura mais colaborativa, contribuindo para a estabilidade do presente e dialogando de forma realista sobre a preparação para o futuro. Mas, para isso, precisarão primeiro tirar os olhos de questões que ficaram no passado, já ficaram ultrapassadas.

 Vídeo

Sobrevoando a Restinga e a cidade do Lobito (Angola)

 XIII Congresso da APLOP | Ireneu Camacho | ENAPOR – Portos de Cabo Verde

 XIII Congresso da APLOP | Eneida Gomes | ENAPOR – Portos de Cabo Verde

 XIII Congresso da APLOP | Joaquim Gonçalves | APDL

 XIII Congresso da APLOP | Ricardo Roque | A Marca APLOP – Novos Caminhos

 XIII Congresso da APLOP | António Santos | Estudo de Mercado dos Portos dos PALOP

 XIII Congresso da APLOP | Dinis Manuel Alves

 XIII Congresso da APLOP | Segundo período de debate

 XIII Congresso da APLOP | Debate

 XIII Congresso da APLOP | Apresentação do Painel 1

 Encerramento do XIII Congresso da APLOP

 XIII Congresso da APLOP | José Renato Ribas Fialho | ANTAQ

 XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Ireneu Camacho

 XIII Congresso da APLOP | José Luís Cacho

 XIII Congresso da APLOP | Massoxi Bernardo | Porto de Luanda

 XIII Congresso da APLOP | Francisco Martins | Porto de Suape

 XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Murillo Barbosa

 XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Abraão Vicente

 XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Jucelino Cardoso

 XIII Congresso da APLOP | Belmar da Costa | Curso de Introdução ao Shipping

 XIII Congresso da APLOP | Joaquim Piedade | Zona Franca do Dande

 Constituição da APLOP - João Carvalho (IPTM) e José Luís Cacho (APP)

Constituição da APLOP - João Carvalho (IPTM) e José Luís Cacho (APP)