8 DE JANEIRO
Em 2005, um submarino da Marinha dos Estados Unidos encontrou uma montanha

No dia 8 de janeiro de 2005, o submarino USS San Francisco parou de repente. A tripulação do navio foi projectada e a maioria (137 membros) sofreu lesões derivadas do acidente.
Uma investigação aprofundada ao sucedido acabou por explicar em detalhe o que aconteceu: o arco do submarino ficou completamente esmagado porque o USS San Francisco tinha encontrado uma montanha submarina desconhecida.
Encontrado navio da II Guerra Mundial a 6.220 metros de profundidade

A última expedição da equipa de caçadores de naufrágios de Paul Allen, co-fundador da Microsoft, acaba de descobrir um navio da II Guerra Mundial a 6.220 metros de profundidade no mar das Filipinas.
A descoberta, que se deu a bordo do navio de exploração RV Petrel, foi anunciada no início do mês de novembro e representa o naufrágio mais profundo já descoberto, segundo explica a equipa citada em comunicado pelo portal Geek Wire.
PÁGINAS DA HISTÓRIA
O «homo viator» e a dimensão simbólica da viagem

Segundo Paulo Lopes, mestre em História Medieval, “o universo que envolve os livros de viagens medievais dá bem a ver como o homem medievo é essencialmente um homo viator. Um homem cujo imaginário é ao longo dos séculos cada vez mais preenchido pela dimensão simbólica da viagem e dos espaços longínquos a ela associados. Um homem que anda sempre e vê sempre, seja pelos caminhos físicos do espaço que percorre, seja pelos caminhos iniciáticos que conduzem à salvação da sua alma.”
VIAJANDO PELA HISTÓRIA
O Medo do Mar

Para o homem europeu, o oceano era um lugar perturbador, onde o reino da água excluía a vida humana. O homem podia percorrer os rios, navegar nos mares interiores, mas quando as águas se estendiam a perder de vista, até distâncias completamente desconhecidas, como o caso do oceano Atlântico, então o mar transformava-se no reino de todos os monstros.
29 DE MARÇO DE 1952
Relato da chegada do «Vera Cruz» a Santos

A chegada de um transatlântico em viagem inaugural a Santos, como a do Vera Cruz, em 1952, representava mais que uma curiosidade de milhares de pessoas que se aglomeravam junto às muretas da Ponta da Praia. Era um acontecimento político, social e cultural dos mais importantes envolvendo Brasil e Portugal.
Não era sem razão que essa viagem inaugural, especificamente, ao tocar no porto do Rio de Janeiro, em 29 de março de 1952 (um sábado), o navio trazia a bordo dezenas de editores e jornalistas dos principais jornais portugueses, para registrar nos diários lusitanos, por exemplo, a acolhida que o Vera Cruz teve assim que sua silhueta surgiu na Baía da Guanabara.
30 DE MARÇO DE 1867
Estados Unidos da América compram o Alasca

O Império Russo estava em dificuldades financeiras e em vias de perder o território do Alasca sem compensação em algum futuro conflito, sobretudo para o rival da época, o Império Britânico, que detinha o vizinho Canadá e cuja possante Royal Navy poderia facilmente tomar o controlo das costas, de defesa difícil para a Rússia. O Czar Alexandre II decidiu então vender o território aos Estados Unidos e encarregou o seu embaixador, o barão Edouard de Stoeckl, de abrir negociações com o Secretário de Estado William Seward, de quem era amigo, no início de março de 1867.
As negociações concluíram-se após discussões que duraram uma noite inteira e a assinatura do tratado foi feita às 04.00 horas da manhã de 30 de Março com um preço de compra de 7 200 000 dólares americanos (equivalente a cerca de 1.670 milhões de dólares, a preços de 2006). A opinião pública americana foi muitíssimo desfavorável a esta compra.
3 DE JANEIRO DE 1959
Alasca torna-se o 49.º Estado dos EUA

Terminada a II Guerra Mundial, a população do Alasca passou a pressionar cada vez mais o governo americano a fazer do território um novo Estado americano. Várias leis foram introduzidas e rejeitadas com tal propósito no Congresso. Finalmente, em 1958, o Congresso americano aprovou a elevação do Alasca à categoria de Estado. A 3 de Janeiro de 1959, o então Presidente dos Estados Unidos da América, Dwight D. Eisenhower, assinou a emenda da constituição que tornou o Alasca o 49° Estado americano.
Vida na Terra pode ter começado nas profundezas do oceano e não em águas paradas

Uma experiência que recriou as condições quentes e alcalinas encontradas em fendas hidrotermais no fundo do oceano permitiu assistir ao nascimento espontâneo de protocélulas, uma forma básica da estruturas das células, essenciais à vida.
O Oriente dos viajantes medievais

As narrativas das viagens medievais (conhecidas como mirabilia) tinham como fio condutor as experiências dos viajantes, que revelavam um mundo desconhecido e insólito, em que não se via apenas com os olhos, mas também com os olhos "da alma": a imaginação.
Claude Kappler reforça a ideia de que, durante a Idade Média, os viajantes partiam em busca de um mundo novo, “num lugar não definido em termos geográficos, mas idealizado, um lugar pra lá da fronteira que dividia a Europa da Ásia, o mundo visível, do desconhecido”.
VIAJANDO PELA HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS
Araribóia - Ilustríssimo chefe indígena

No Espírito Santo, a parceria com os temiminós rendeu a Portugal importantes acções de defesa do território. Os índios destacaram-se na luta contra outras tribos hostis e contra piratas na costa. Tanto que, em 1564, Araribóia e seus liderados juntam-se a Estácio de Sá (1520-1567) em investidas contra os franceses, com o objectivo de fundar a povoação do Rio de Janeiro. “Acompanhava a frota um índio, de nome Arary-boia – que ficou registado na história do tempo como Martim Afonso Araribóia – e que era amigo dos portugueses desde a época em que a terra de Piratininga fora desbravada. Agora, fizera companhia a Estácio para o ajudar a estabelecer-se na terra dos Tamoios”, relata o padre José de Anchieta (1534-1597).
MAR: Ousadia e Medo

"(...) é habitual afirmar-se que os primeiros navegadores portugueses tiveram de vencer o medo do mar para de aventurarem no mar oceano desconhecido e assim dar início às ousadas viagens oceânicas que os levaram a percorrer os quatro cantos do globo. Consideramos que não é assim tão simples, pois os mareantes lusos (e todos os outros europeus) não venceram o medo, antes fizeram algo bem mais ousado: aprenderam a viver com ele. (...) Esse medo - que podemos considerar como novo, pois resulta do contacto direto e brutal com a realidade, ao contrário do medo dos séculos anteriores, que tinha origem sobretudo no ouvir dizer (...)"
VIAJANDO PELA HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS
Benguela anexada ao Brasil?

Entre tantas idas e vindas transatlânticas, não surpreende que um carioca se tenha tornado governador de Benguela, em 1835. Justiniano José dos Reis havia sido membro da junta do governo provisório da cidade durante o período turbulento que se seguiu à independência do Brasil – quando Benguela foi chacoalhada por rumores de um movimento golpista cujo alvo era sua anexação à ex-colónia tropical.
Um dos suspeitos de participar da conspiração foi o carioca Francisco Ferreira Gomes, que vivia em Benguela desde 1800. Também ele um degredado, fora soldado no Batalhão de Henriques, força militar formada só por negros, inspirada no lendário grupo homónimo que existira no Brasil, batizado em homenagem a Henrique Dias, herói negro das guerras contra os holandeses em Pernambuco no século XVII.
VIAJANDO PELA HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS
Terra de oportunidades

Nos tempos da independência, vários brasileiros fizeram fama e fortuna do outro lado do oceano.
Com a independência do Brasil, Portugal correu o risco de perder, por tabela, outra colónia: Angola. Temia-se que a possessão africana fosse anexada pelos brasileiros. E havia bons motivos para essa preocupação.
Durante mais de 300 anos, ambas as regiões estiveram nas duas pontas do tráfico de escravos. Quase 70% dos cerca de cinco milhões de africanos que desembarcaram no Brasil vinham do Congo e de Angola. E as relações iam muito além do comércio negreiro: pelo menos desde o século XVII, africanos da costa centro-ocidental e brasileiros estavam unidos por laços mercantis, familiares e culturais.
VIAJANDO PELA HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS
Embarque sem volta

A bordo da nau Príncipe Real, chegaram ao Rio de Janeiro, em 1808, a rainha D. Maria, o príncipe D. João e seu filho D. Pedro. Essa história todo mundo conhece, e também o desfecho: treze anos depois, D. João VI regressa a Portugal, mas deixa o filho, responsável pela Independência, em 1822. Menos conhecido é o destino daquele navio. Ao contrário de seus ilustres passageiros, a embarcação teve um fim nada nobre: foi transformado num depósito de prisioneiros conhecido como “Presiganga”.
Cartografia náutica portuguesa

Armando Cortesão definiu quatro grandes marcos na história da ciência náutica e da cartografia: o desenvolvimento da carta‑portulano, no século XIII, no Mediterrâneo; a invenção da navegação astronómica e consequente introdução da escala das latitudes nas cartas, em finais do século XV; a descoberta da loxodrómia e a sua representação por uma linha recta na carta desenhada segundo a projecção de Mercator; e por último o aperfeiçoamento do cronómetro, pelo inglês Harrisson, em finais do século XVIII, que permitiu a determinação da longitude no mar.
VIAJANDO PELA HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS
Unidos pelo tráfico

Entre os anos 1600 e 1800, mais de 3,1 milhões de pessoas, só da região Centro-Ocidental de África, embarcaram rumo à escravidão nas Américas e em ilhas africanas como São Tomé. No entanto, a escravidão em África é bem anterior à presença dos europeus no continente. O reino do Congo, por exemplo, já usava mão de obra escrava para o serviço militar, administrativo e na agricultura antes da chegada dos portugueses, no início do século XVI.
VIAJANDO PELA HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS
Um toque de além-mar

Na tela, um estudioso mexe nos objectos de sua escrivaninha. Ele abre a caixa de escrita e tira uma pena, talvez também procure tinta. Ao mesmo tempo, olha para o livro aberto em cima da mesa, especialmente iluminado pela luz do dia que entra pela janela.
Este poderia ser apenas mais um quadro holandês antigo e passar despercebido para um observador brasileiro. Mas, reparando bem, há na pintura um elemento especial: no grande quadro pendurado na parede branca aparece a costa de Pernambuco, na altura de Recife e Olinda.
VIAJANDO PELA HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS
Conquista nada pacífica

A Oceania foi o último continente “descoberto” e colonizado pelos europeus. Com ilhas dispersas numa fatia de oceano, da Austrália aos pequenos atóis, as histórias dos seus povos são profundamente relacionadas com o mar. Os polinésios, com as suas enormes canoas, descobriram e povoaram ilha após ilha, até chegarem às mais remotas, por volta do século X. Existe até mesmo a hipótese de que povos dessa região realizaram, por mar, a primeira onda migratória para a América, anterior à dos asiáticos, dos quais descenderiam os nossos indígenas.
Foi também pelo mar que a sua história sofreu a guinada mais radical, com a chegada dos europeus. Não foram pacíficas as relações entre esses novos conquistadores e os nativos.
VIAJANDO PELA HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS
Américo antes da América

O indivíduo cujo nome baptizaria um continente passou boa parte de sua vida à margem do poder e das glórias. Antes de inscrever o seu nome na história das navegações e na geografia do mundo, Américo Vespúcio (1454-1512) coleccionou inúmeras vocações, nem sempre bem-sucedidas: empregado dos Médici, credor, revendedor de pedras preciosas, mediador de conflitos, armador, investidor, piloto improvisado. Ainda hoje a imagem de sábio se confunde com a de charlatão. A sua parábola, afinal, revela um sonhador com olhos nas estrelas ou um génio da dissimulação e da impostura?
VIAJANDO PELA HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS
A dura vida dos navegantes

Fome, sede, doença e estupro eram apenas algumas das palavras incorporadas ao quotidiano dos navegantes nos séculos XV e XVI. Fugindo de uma vida dura na Europa, centenas de homens embarcaram nas caravelas dos descobrimentos. Alguns procuravam enriquecimento rápido e fama; outros, penitência pelos pecados e oportunidade de difundir a fé em Cristo. Eram atraídos pela brisa do mar e pela aventura, encontrando uma existência repleta de surpresas nem sempre agradáveis.
Entre os obstáculos que precisaram ser vencidos para desbravar os mares, nenhum supera a dureza do quotidiano nas caravelas. Os tripulantes eram confinados a um ridículo espaço que impedia qualquer tipo de privacidade. Os hábitos de higiene eram precários. Proliferavam insetos parasitas: pulgas, percevejos e piolhos. O mau cheiro acumulava-se, tornando-se insuportável em pouco tempo.
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