VIAJANDO PELA HISTÓRIA
Praias desaparecidas do Rio de Janeiro
Até ao final do século 19, quase todo o litoral da cidade do Rio de Janeiro ainda era cercado de praias. Ou seja, de um lado as montanhas, no meio faixa de terras e lagoas, e do outro lado o mar. Com o decorrer dos anos, muitas lagoas e áreas alagadiças de terra baixa, onde o mar penetrava, foram aterrados para que a cidade ganhasse mais áreas e espaços. E em algumas áreas da cidade, muitas praias e lagoas deixaram de existir.
Riquezas perdidas no mar
A lista de galeões espanhóis que entre os finais do século XV e princípios do século XIX nunca chegaram ao porto é interminável. Em 2009, o governo espanhol fez uma estimativa das riquezas que se afundaram com eles. Segundo os seus cálculos, o ouro e a prata perdidos poderiam valer 100 mil milhões de euros, mas o seu verdadeiro valor é cultural e imaterial.
Planisfério de Cantino: Um mapa para o mundo (quase) inteiro
É um monumento precioso do património cartográfico mundial. O planisfério de Cantino (1502) contém informação única sobre as viagens de exploração do final do século XV e início do século XVI. É também muito valioso na época em foi construído: pelo seu tamanho, beleza artística, riqueza da decoração e por conter informação actualizada e estratégica sobre um mundo que era descoberto dia a dia.
20 DE JULHO DE 1910
Inauguração do primeiro cais do Rio de Janeiro
Denominado Lauro Muller (Gamboa), o trecho inicial do cais do Porto do Rio de Janeiro foi inaugurado em 20 de Julho de 1910. Com 800 metros de extensão, o local foi a matriz de onde começou a ser definida a vida urbana da cidade, bem como sua estrutura económica e cultural. O primeiro navio a atracar no porto foi o de bandeira inglesa Horace, com mercadorias provenientes de Lisboa. No início do século XIX, com a chegada da corte portuguesa ao Brasil, a Zona Portuária passou a ser considerada área nobre.
O historiador Milton Teixeira conta que o porto era o único meio de entrada no país. “O Rio sempre foi o porto. E não só da cidade, mas do Brasil porque aqui entravam as mercadorias, as novidades, os pensamentos. Até o temperamento caloroso do carioca tem a ver com essa receptividade influenciada pelo porto”, diz o historiador.
PORTOS DA LUSOFONIA
O Porto do Rio de Janeiro no Princípio do Século XX
O Porto do Rio de Janeiro estabeleceu-se em enseada da costa ocidental da baía de Guanabara e está situado na latitude 22 54´23“ Sul e na longitude 43 10’ 22” Oeste de Greenwich (coordenadas do antigo observatório Astronómico).
Em princípios do século XX os serviços de expedição de mercadorias para o exterior, e para os Estados por via marítima, e do recebimento das provindas de fora, por mar, eram efectuadas geralmente por meio de saveiros que atracavam em pontes quase todas de madeira, “piers” ou cais de pequeno calado d’água; apenas em algumas dessas construções acostavam vapores de pequena cabotagem.
AS VIAGENS DE CIRCUM-NAVEGAÇÃO E A AMÉRICA DO SUL
Charles Wilkes descrevendo a sua sensação ao entrar no porto do Rio de Janeiro
Assim que adentramos ao porto, nossa bandeira foi vista sobre as ondas e aquela magnífica peça de arquitectura naval, o Independence; e quando passamos por ele, nossos peitos pulsaram ao som de Hail Columbia, tocada pela banda (...) Há um sentimento de segurança ao entrar no porto do Rio, que poucas vezes experimentei em outro lugar, nem mesmo nas nossas próprias águas. As montanhas oferecem uma completa protecção contra os ventos e os oceanos.
A rigorosa reconstituição histórica de uma Nau
A réplica em tamanho real da nau San Juan esconde-se dos olhares indiscretos dentro de um grande cubo de madeira, como um presente por abrir. É difícil imaginar que esta simples estrutura espreitando o mar, no coração do estuário da Guipúscoa, alberga no interior todo o conhecimento dos mestres construtores de navios de há 500 anos.
Encontrada a primeira carta que relatava o regresso de Cristóvão Colombo depois de descobrir a América
O documento mais antigo que relata o regresso de Cristóvão Colombo depois de descobrir a América acaba de ser encontrado pelo Arquivo da Nobreza, dependente do Ministério da Cultura espanhol, no seu trabalho de tratamento técnico e digitalização do Arquivo dos Condes de Villagonzalo.
“Nosso muito alto, excelente e poderoso príncipe, rei de Castela, de Aragão da Sicília, de Granada e nosso amado príncipe irmão”, pode ser lido em português no verso da carta datada de 4 de março de 1493 e escrita por João II de Portugal a Fernando, o Católico, onde o ato de Colombo se anuncia pela primeira vez. Está escrito no mesmo dia em que Colombo chegou a Lisboa depois da sua aventura.
Sabemos finalmente o que matou a vida marinha na extinção em massa mais mortal da História
O aumento das temperaturas acelerou o metabolismo das criaturas, aumentando as suas necessidades de oxigénio. No entanto, também esgotou o oxigénio dos oceanos, fazendo com que os animais (literalmente) sufocassem.
Há cerca de 252 milhões de anos, a Terra sofreu uma devastação catastrófica – um evento de extinção tão grave que destruiu quase toda a vida na Terra. É chamado de Evento de Extinção Permiano-Triássico, também conhecido como A Grande Morte.
CUMPRINDO A ROTA ORIGINAL
Uma réplica do Titanic vai mesmo fazer-se ao mar
O Titanic II, a réplica do navio original, já tem a primeira viagem marcada. Em 2022, a construção chinesa vai deixar o Dubai em direcção ao Reino Unido, de onde seguirá para os Estados Unidos, recriando o trajeto original.
O navio, que tem o valor de cerca de 438 milhões de euros, está a ser construído na China, ao contrário do original, que foi construído na Irlanda do Norte.
RIO DE JANEIRO, BRASIL
Depois de denúncia de abandono, governo anuncia R$ 2 milhões para Cais do Valongo
O Ministério da Cultura informou em nota que vai investir R$ 2 milhões na criação do Centro de Interpretação, Referência e Visitação do Cais do Valongo, no Armazém Docas Dom Pedro II. O anúncio foi feito depois de denúncia pública de abandono do sítio classificado património mundial pela Unesco.
Quem pode reivindicar o maior tesouro submarino do mundo já encontrado?
Depois de muitas tentativas mal sucedidas, o navio submerso foi finalmente redescoberto na costa de Cartagena, Colômbia, em 2015. A recente operação de resgate para recuperar os milhões de euros em tesouros a bordo do galeão reacendeu o debate sobre quem tem o direito de reivindicar riquezas escondidas no mar, com vários lados diferentes disputando a propriedade do saque perdido.
Descoberto um cemitério com 7.000 anos sob as águas do Golfo do México
As autoridades da Flórida anunciaram a descoberta "sem precedentes" de um cemitério com sete mil anos, sob as águas do Golfo do México, o que vai permitir "entender melhor" os primeiros habitantes da região. O Secretário de Estado da Flórida, Ken Detzner, afirmou, em comunicado, que o achado arqueológico, designado Manasota Key Offshore (MKO), está situado na plataforma continental, no que parece que foi, quando o mar não o cobria, um lago de água doce.
BRASIL
Conheça a história do Porto de Natal
A história do Porto de Natal, do Terminal Salineiro de Areia Branca e da Companhia Docas do Rio Grande do Norte é um marco para a história do próprio Estado do Rio Grande do Norte.
O projeto inicial do Porto de Natal foi aprovado em 14 de dezembro de 1922, através de decreto. No entanto, só dez anos depois, em 1932, o decreto de número 21.995, assinado pelo presidente Getúlio Vargas, à frente do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, cria o Porto de Natal. No dia 21 de outubro desse mesmo ano o decreto é publicado no Diário Oficial da União, mas a solenidade oficial só ocorreu em 24 de outubro.
BRASIL
Conheça a história do Porto do Rio Grande
A denominação "Rio Grande" vem do fato de, há mais de dois séculos atrás, os navegantes que se dirigiam à Colónia do Sacramento entenderem que a embocadura da Lagoa dos Patos fosse a foz de um grande rio.
O primeiro registo de transposição da Barra do Rio Grande é de 1737, quando o Brigadeiro José da Silva Paes chegou para iniciar o povoamento desta região que passou a ser conhecida como Rio Grande de São Pedro ou São Pedro do Rio Grande, e construiu a fortificação de madeira denominada de Forte Jesus Maria José.
À 13.ª TENTATIVA
Resolvido o mais antigo mistério naval da história da Austrália
O mais antigo mistério naval da história da Austrália foi resolvido com a descoberta de destroços do seu primeiro submarino, mais de um século depois do desaparecimento ao largo da costa da Papua Nova Guiné.
O HMAS AE1, o primeiro de dois submarinos de classe E construídos para a Marinha Real Australiana, desapareceu em 14 de novembro de 1914, com 35 tripulantes australianos, britânicos e neozelandeses a bordo.
1576: Morre Hans Staden, autor de relato de viagem sobre Brasil
Em 30 de julho de 1576, o alemão Hans Staden, autor de um importante relato de viagem sobre o Brasil pós-descobrimento, morria em seu país natal.
Em Wahrhaftige Historia, o alemão Hans Staden relata duas viagens que realizou ao Brasil entre os anos de 1548 e 1555. Quatrocentos e cinquenta anos depois de sua primeira edição, o livro permanece um dos mais curiosos documentos sobre a cultura dos índios brasileiros, especialmente os tupinambás, que aprisionaram o navegante e mercenário alemão e, segundo ele próprio, quase o devoraram em seus rituais canibalescos.
Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, é classificado Património da Humanidade
O Comitê do Património Mundial inscreveu o sítio arqueológico do Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, no Brasil, na Lista do Património Mundial. Segundo o Comitê da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), o local é o “traço físico mais importante da chegada de escravos africanos no continente americano”.
Vítimas pobres do Titanic foram lançadas ao mar para dar lugar aos mais ricos
O barco que prestou socorro ao Titanic, após o naufrágio do navio, em 1912, não estava preparado para recolher uma tão grande quantidade de corpos e foi forçado a deitar borda fora alguns deles, preterindo os passageiros mais pobres para dar lugar aos mais ricos.
Estes dados são revelados por uma colecção de telegramas que só agora é divulgada, conforme atesta o jornal britânico The Daily Mail, notando que os responsáveis do navio de socorro tiveram que deitar borda fora os corpos de passageiros de terceira classe para dar lugar às vítimas das primeira e segunda classes.
RIO DE JANEIRO, BRASIL
Porto de entrada de escravos deve virar património mundial
A vista para um longo vale entre os morros da Conceição e do Livramento era o que aguardava os sobreviventes que desembarcavam no Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, depois de uma viagem degradante entre a África e o Brasil, no século 18.
Dos quatro milhões de africanos escravizados do outro lado do Atlântico e que chegaram vivos para o trabalho forçado, um milhão passaram pelo Valongo – o que torna o porto a principal porta de entrada de mulheres e homens escravizados nas Américas.
Vídeo
XIII Congresso da APLOP | Ireneu Camacho | ENAPOR – Portos de Cabo Verde
XIII Congresso da APLOP | Eneida Gomes | ENAPOR – Portos de Cabo Verde
XIII Congresso da APLOP | Joaquim Gonçalves | APDL
XIII Congresso da APLOP | Ricardo Roque | A Marca APLOP – Novos Caminhos
XIII Congresso da APLOP | António Santos | Estudo de Mercado dos Portos dos PALOP
XIII Congresso da APLOP | Dinis Manuel Alves
XIII Congresso da APLOP | Segundo período de debate
XIII Congresso da APLOP | Debate
XIII Congresso da APLOP | Apresentação do Painel 1
Encerramento do XIII Congresso da APLOP
XIII Congresso da APLOP | José Renato Ribas Fialho | ANTAQ
XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Ireneu Camacho
XIII Congresso da APLOP | José Luís Cacho
XIII Congresso da APLOP | Massoxi Bernardo | Porto de Luanda
XIII Congresso da APLOP | Francisco Martins | Porto de Suape
XIII Congresso da APLOP | Cerimónia de Abertura | Murillo Barbosa
Constituição da APLOP
Foto de família